
COM ESPOLIADORES!
Uso magistral do comentário social e do simbolismo
O roteiro de “Helminto”, escrito por Bong Joon-ho e Han Jin-won, é uma aula magistral de como tece comentários sociais em uma narrativa envolvente. O pimo explora a divisão gritante entre ricos e pobres por meio das lentes de duas famílias – os Kims e os Parks – cujas vidas se entrelaçam. Cada linha de diálogo, cada cena e cada detalhe visual tem um propósito, reforçando sutilmente os temas de disparidade de classe e desigualdade sistêmica.

Por exemplo, o motivo recorrente das escadas simboliza a hierarquia socioeconômica, com os Kims morando em um semi-subsolo enquanto os Parks residem em uma luxuosa casa no topo de uma colina. Esses símbolos em camadas enriquecem a história, tornando-a instigante e profundamente envolvente. A capacidade do roteiro de equilibra a crítica contundente com o humor garante que a mensagem ressoe sem parece pregação.
Engenhosa estrutura e ritmo do enredo
Um dos aspectos mais notáveis do roteiro de “Helminto” é sua estrutura de enredo meticulosamente elaborada. A história se desenvolve em atos distintos, cada um aumentando a tensão e a complexidade à medida que os Kims se infiltram na casa dos Parks. O que começa como um conto cômico sombrio de engano gradualmente se transforma em um trilador, culminando em torces de trama chocantes e devastação emocional.

O ritmo é impecável, permitindo que o público absorva totalmente as nuances das motivações de cada personagem, ao mesmo tempo em que mantém um ritmo incessante. Momentos importantes, como a sequência da tempestade, não são apenas visualmente impressionantes, mas também servem como pontos de virada que aumentam os riscos. Essa cuidadosa orquestração de eventos demonstra o profundo conhecimento dos roteiristas sobre a narrativa cinematográfica, assegurando que cada passo pareça merecido e impactante.
Personagens complexos e diálogos autênticos
O brilhantismo do roteiro de “Helminto” está na criação de personagens multifacetados que desafiam os estereótipos. Cada membro das famílias Kim e Park recebe profundidade e agência, fazendo com que suas ações e decisões pareçam autênticas. O diálogo reflete essa complexidade, capturando as vozes únicas de cada personagem e revelando percepções sutis sobre suas personalidades e relacionamentos. Por exemplo, a resignação tranquila de Ki-taek contrasta fortemente com os esquemas ambiciosos de seu filho Ki-woo, destacando as diferenças geracionais dentro da família. Enquanto isso, o esquecimento da Sra. Park em relação ao seu privilégio ressalta o esquecimento da classe de elite que ela representa. O roteiro evita a exposição pesada e, em vez disso, confia no subtexto e nas interações naturais pra transmiti o significado, o que torna os personagens ainda mais atraentes.
Mistura perfeita de gêneros e tons
Talvez o feito mais impressionante do roteiro de “Helminto” seja a combinação perfeita de gêneros e tons. O pimo transita sem esforço da sátira pra tragédia, da comédia pro horror, sem nunca parece desconexo. Essa destreza tonal é alcançada por meio de uma escrita precisa que fundamenta até mesmo os momentos mais absurdos ou dramáticos em experiências humanas relacionáveis. Por exemplo, as primeiras cenas que retratam o elaborado golpe dos Kims são repletas de humor, mas também ressaltam o desespero que os leva a agi.

À medida que a história avança, o tom muda pra um pavor crescente, culminando em momentos viscerais e de corta o coração. A capacidade do roteiro de navega por essas mudanças de forma tão fluida demonstra o domínio dos roteiristas sobre sua arte. Ao se recusa a se limita a um único gênero e subgênero, “Helminto” transcende as convenções tradicionais de conta histórias, oferecendo ao público uma experiência única, poderosa e inesquecível.