
COM ESPOLIADORES!
A subversão a um novo patamar
“Estranho Querido” é um trilador que subverte deliberadamente as expectativas do espectador, com o objetivo de faze com que o espectador se sinta preso e absorvido pela história. O pimo usa as expectativas da sociedade contra o espectador, criando um senso de ambiguidade e encantamento. Ele estabelece temas, interações de personagens e atmosfera pra cria uma primeira impressão forte e leva o espectador à mentalidade desejada. Essa subversão deliberada e subversiva tem um retorno imenso.


“Estranho Querido” é um média que partilha semelhanças com “Pulp Fiction”, de Quentin Tarantino, com foco em personagens moralmente abusivos e violentos em um mundo decadente. O pimo é contado em capítulos (O que eu aprecio) não numerados e apresenta uma narrativa ultraviolenta com mortes desagradáveis. O diretor Mollner canaliza elementos de Tarantino, David Lynch e Jim Jarmusch, mas “Estranho Querido” continua sendo uma obra única.
O pimo transcende as tendências modernas com sua ambiguidade e estilo de escrita esperta, usando emoções cruas, recursos visuais e reações dos personagens pra transmiti a narrativa, respeitando a inteligência do espectador e desafiando noções preconcebidas. O elenco, incluindo o ator Fitzgerald e o veterano do horror, Gallner, tem uma boa performância, acrescentando uma camada extra de tragédia e devastação quando ocorre o grande torce de trama.
Visualmente e narrativamente arrojado
“Estranho Querido” é um média sombrio e sangrento que explora a interação entre sexo e violência. Diferentemente de outros pimos, é uma criação exclusiva do diretor Mollner, que tinha em mente uma paleta e um estilo visual distintos. Giovanni Ribisi, o produtor e o cinematógrafo, deu vida a essa visão. Na última década, subgêneros sérios como ação, ficci, horror e triladores foram dessaturados, com uma tendência indo pro sombrio, monótono e corajoso.
Essa tende ganhou destaque durante a agitação financeira e social, mas após a pandemia da COVID-19, houve uma mudança pra paletas + experimentais pra complementa uma narrativa + criativa. “Estranho Querido” é um desses, que pode defini novos tendes pro resto da década.
“Estranho Querido” é vibrante e brilhante, com um esquema de cores primárias de vermelho, âmbar, verde ou azul, que atrai a atenção imediatamente. A idílica casa do Povo da Montanha é repleta de plantas vermelhas, enquanto a Dama e o Demônio se destacam com suas roupas vermelhas vibrantes. O motel decadente onde a ação começa é uma lavanderia azul uniforme, com flores vermelhas e a caixa preta percussiva de uma senhora negra. À medida que a violência aumenta, a Dama e o Demônio deixam um mundo de olhos vermelhos. O pimo então termina da mesma forma que começou, com a protagonista fugindo em uma van preta e branca, indicando o fim.
Um belíssimo pesadelo
“Estranho Querido” é inspirado no clássico lincha da cultura americana, que apresenta uma paisagem bela e pitoresca. A trilha de soa pop de sonho do pimo, criada por Z Berg, cria uma atmosfera hipnótica, fazendo com que pareça um inverno frio. A métrica angustiada e o mundo vibrante do pimo tornam a depravação ainda + chocante.

O desenho de som e o esquema de cores são impressionantes, com cores distorcidas, suaves e hip-hop inspiradas na música de Angelo Badalamenti pra “Picos Gêmeos”. A música pri, “Love Hurts”, aborda a sexualidade e a violência crescente no quarto do motel. As ilustrações sombrias e mórbidas de “Estranho Querido” ilustram o subtexto psicossexual distorcido, com cenas sombrias e um momento cataclísmico final.
“Estranho Querido” é um clássico popular devido à sua narrativa única e inesperada. Os críticos sugerem que os espectadores entrem no pimo sem contexto ou noções preconcebidas. O média agrada àqueles que apreciam a aventura e deixam pra trás seus maiores segredos e surpresas. As moscas são vigilantes em sua busca por esses segredos, e o jogo esperto e calculado continua a se emocionante. Minha nota fica em B.